terça-feira, 18 de maio de 2010

Um som... uma busca constante.

Com afinco, incansavelmente, até não ter consciencia do que fazia. Até meus dedos dedilharem pelas cordas sem que eu me desse conta das notas que faziam.
O som então começava a ficar agradável aos ouvidos, embora eu reconhecesse que ainda não havia muitas semelhanças com a canção original. Mas eu continuava insistentemente na mesma canção.
Agora tudo transpira dor. Uma dor física, devido a exaustão de ficar na mesma posição por horas e horas. Uma dor na alma, por não alcançar o som esperado. A última supera a primeira e ao mesmo tempo que doí, dá forças para continuar.
Repetidamente a mesma canção até que sua melodia penetre por todos os poros e faça com que meus dedos calejados respondam com ardor ao seu triste pedido: -- Toque-me! Toque-me até que seus ouvidos me ouçam em silêncio, até que a sua mente só pense em mim tomando o lugar de seus outros pensamentos.
Ando pela casa tamborilando meus dedos pelos móveis em cordas imaginárias, dando som aos meus pensamentos. Caminho pelas ruas devaneando notas de uma música almejada.
Em dias de ócio, desejo ardentemente ocupar-me com a velha canção, que não me deixa esquecê-la!

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Bjs