domingo, 22 de março de 2009

METAS PARA 2009

Penso na vida que tenho levado, percebo o quanto eu quero mais, estou em busca de um desafio maior. Mudanças loucas, esperanças de felicidade. Quero mudar todas as coisas. Quero mudar minhas roupas, quero mudar minhas práticas. Ler novos livros. Visitar novos lugares. Conhecer novas pessoas. Firmar as amizades que já tenho. Mudarei meu caminho, procurarei um caminho árduo, quem sabe... desde que no fim dele eu alcance meus objetivos.
Quero ser uma pessoa melhor, quero fazer a diferença. Quero mostrar as pessoas ao meu redor o quanto elas são importantes.
Arregaçar as mangas. Começar a trabalhar. Fazer primeiro o que se pode fazer.
Fazer a lista de livros que quero ler.
Visitar lugares que quero conhecer.
Ligar para os amigos que eu vejo sempre.
Lembrar daqueles que um longo tempo fiquei sem ver.
Lembrar das conquistas. Lembrar mais ainda das lições aprendidas com as derrotas.
Dar um sorriso para alguém que não mereça. Deixar de julgar se merece ou não, apenas sorrir.
Dar um abraço saudoso. Rir sem motivos.
Acordar dando Bom Dia!
Ser a pessoa mais otimista que eu conheço. Ser a mais dedicada.
Ter bom humor de manhã, mesmo com o tempo nublado e no caminho do trabalho. Mesmo de TPM.
Arrumar tempo para ler uma revista que nada tem a ver com meu trabalho.
Ter tempo de passear com os meus cães. Dar banho neles (e tomar também) de mangueira. Correr e pular quando se sacodem para tirar excesso de água. Rir muito disso tudo.
Quero ter uma vida simples e feliz!!!
E você, quais são as suas metas para 2009?

Lágrimas

Hoje chorei
No início eu não sabia ainda a razão
Mas aí lembrei dos motivos
Tristes motivos que me levaram às lágrimas
Uma pergunta que não vai embora
Por que a morte não obedece a ordem cronológica?
Por que os jovens tem que morrer cedo demais?
Li despedidas tristes
Lembrei de sua infância alegre
Triste tragédia
Que fica marcada para sempre
Mesmo para quem não o via sempre
Mesmo para quem não o conhecia

sábado, 14 de março de 2009

Desprendimento

Comecei a pensar em meu desprendimento material no dia em que entrei de férias. Neste dia, trabalhei até às 17h e ainda conversei com uma amiga sobre a minha intenção de jogar fora tudo o que não uso mais, o que não quero mais. Recebi palavras de incentivo e mais tarde um “tenha fé!” que muito me ajudou na difícil missão. Sim, tornou-se uma missão para mim.
Cheguei sexta-feira, não podia mais esperar pelo dia de amanhã, afinal, eu já vinha adiando isso faz tempo, acho que esse projeto acompanhava-me umas 5 férias. Iniciei então o que mais tarde eu me referiria como sendo um ritual de desprendimento.
Comecei pelas prateleiras, pensei comigo que seria fácil e rápido. Enganei-me, como fui descobrir depois.
Nunca pensei que em um cômodo tão pequeno caberia tanta coisa. Iniciei a limpeza pela prateleira mesmo. Tenho três em meu quarto. Dali saiu papéis em que eu não mexia uns 3 anos. Caixas vazias. Bilhetes que agora não fazem mais sentido. Joguei fora. Joguei fora isso tudo. Foram três doloridos sacos de lixo. Doloridos porque carregar aquilo tudo, deu um enorme trabalho, assim como ficar dependurada na prateleira mais alta. Mas como foi bom!
Apostilas de um curso de agronomia que eu não pude concluir foram para o lixo. Isso doeu também, pois ainda restava a esperança de quem sabe um dia voltar. Matei uma faísca de esperança e fui realista agora. Não vou voltar porque tenho um bom emprego e cá entre nós, eu gosto muito do que eu faço também. Fantasmas do passado começavam a se desvanecer.
Neste momento dei-me conta dos motivos quem me levaram a demorar tanto para decidir arrumar meu quarto: não queria me desprender do passado.
Parti então para uma pequena estante, outra leva de sacos de lixo. Ainda bem que no pequeno cômodo não há espaço para estantes maiores. Seria trabalho dobrado.
Encontrei coisas bem legais. Um cartaz que ganhei quando comecei a trabalhar em 2003. fiquei com pena de jogar fora, mas o fiz. Entretanto tirei uma foto para guardar a recordação. Abandonei o curso de agronomia, jogando fora o que ainda restava, mas quando vi esse cartaz, fiquei feliz. Sim, estou onde eu sempre quis estar. Sou professora.
Dores e lembranças à parte, a labuta continuou por mais quatro dias. Armário também passou pelo meu crivo. Não estou ainda satisfeita, pois nem mexi nas roupas. Mas só organizar as outras coisas, me deu uma sensação de leveza. Frascos de perfumes vazios, que eu mantinha apenas por valores sentimentais descartados. Prefiro agora pensar na pessoa que os deu do que guardá-los. Deram lugar aos meus perfumes preferidos. Cremes que eu não uso, nunca usei e agora me pergunto para que comprei? Sem resposta.
Meu quarto está de ficando de cara nova.
Uma vez li em algum lugar, que o quarto de uma pessoa era reflexo do que a pessoa estava passando. Analisei com cuidado e afinco a frase. Não sei quem a escreveu, mas é uma pessoa sábia.
Há tempos meu quarto permanecia no caos. Minha vida também. Decidi organizar tudo isso. Comecei pelo mais fácil, torcendo para que o próximo passo não seja muito doloroso.
Joguei fora muitas coisas, encontrei outras que eu nem lembrava mais.
Agora estou aqui, sentada observando meus feitos. Acredito que acabei parcialmente. Conforme eu ia arrumando, jogando fora o que não presta mais, ia me dando uma vontade crescente de jogar mais coisas foras. É esse sentimento de inacabado que ficou com o fim de minha limpeza.
Contabilizei vários sacos de lixo, para jogar tudo isso na lixeira vai ser fogo, mas agora vou ter tempo finalmente de fazer o meu tapete de retalhos.

(Esse texto foi escrito antes do "tapete de retalhos", mas apenas agora tive vontade de compartilhar com outras pessoas. Acho que deve ter sido pela necessidade de me desprender novamente)
Onde antes havia inspiração
Hoje vejo apenas o que restou
Desilusão
Antes com um sorriso no rosto
O dia começava
Agora com rosto lavado
De lágrimas angustiadas
Esperança de alguma vez isso dar certo
Substituída pela certeza de estar só